quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O problema


Num mosteiro havia um grande mestre e um guardião.
O guardião morreu e foi preciso substituí-lo. O grande mestre então reuniu todos os seus discípulos para fazer a nova indicação: assumiria o posto o monge que conseguisse resolver primeiro o problema a ser apresentado naquele momento.Então, o grande mestre colocou um banquinho no centro da sala e, em cima dele, um vaso de porcelana raríssimo com uma belíssima rosa amarela a enfeitá-lo. E disse apenas:
- Aqui está o problema!

Todos ficaram olhando a cena. O vaso lindíssimo de valor inestimável com sua flor maravilhosa no centro. Qual seria o enigma?Nesse momento, um de seus discípulos sacou sua espada, olhou o mestre, seus companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e "zapt", destruiu tudo com um só golpe.

Tão logo o discípulo retornou ao seu lugar, o grande mestre falou-lhe:

- Você é o novo guardião, pois não importa se o problema for algo lindíssimo ou valioso, se for um problema precisa ser eliminado.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A TIGELA DE MADEIRA



 Um senhor de idade foi morar com seu  filho, 
nora e o netinho de quatro anos de idade.
 As mãos do velho eram trêmulas, sua visão
 embaçada e seus passos vacilantes.
 A família comia reunida à mesa.
 Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô
 o atrapalhavam na hora de comer.
 Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão.
 Quando pegava o copo, leite era derramado 
na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.
 - Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai - disse
o filho.
 - Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente
comendo com a boca aberta e comida pelo chão.
 Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num 
cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o
 restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.
  Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida
 agora era servida numa tigela de madeira.
 Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, 
às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, 
as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações 
ásperas quando ele deixava um talher ou 
comida cair ao chão. 
 
 O menino de 4 anos de idade assistia
 a tudo em silêncio. Uma noite, antes 
do jantar, o pai percebeu  que o filho 
pequeno estava no chão, manuseando
pedaços de madeira. Ele perguntou 
delicadamente à criança:
 - O que você está fazendo?
 O menino respondeu docemente:
- Oh, estou fazendo uma tigela para
 você e mamãe comerem, quando eu crescer.
 O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
 Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais
 que eles
ficaram mudos.
 Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
 Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o
 que precisava ser feito.
 Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente
conduziu-o à mesa da família.
 Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as
refeições com a família.
 E por alguma razão, o marido e a esposa  não se importavam 
mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha 
da mesa sujava.
A história lembrou meu avô, acima na foto, suas mãos 
tremem bastante, quando toma sopa, a colher chega quase
 vazia em sua boca.
 
Todos nós iremos envelhecer um dia. Isto é, se tivermos
esse privilégio.
  

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Corcovado antes do Cristo Redentor

Corcovado antes do Cristo Redentor.Chamava-se Mirante Chapéu do Sol, foi construído, primeiro em madeira, em1885. 



O monumento foi construído entre 1927 e 1931. Na base da estátua, ou seja no pedestal onde a mesma se apoia, existe uma pequena capela. Esta capela não fica sempre aberta à visitação, e as missas não são frequentes.
Diz-se que, a primeira iluminação noturna do Cristo Redentor foi inaugurada pelo Papa, direto de Roma, através de um sistema acionada por ondas de rádio, feito especialmente para                                              a ocasião pelo inventor do Rádio, Guglielmo Marconi.
 
A estátua do Cristo Redentor é inaugurada no dia 12 de outubro de 1931.  O desenho final do monumento é de autoria do artista plástico Carlos Oswald e a execução do projeto é do estatuário francês Paul Landowski. 
  



  A idéia da construção do monumento do Cristo Redentor surge pouco antes do centenário da Independência e serviria para comemorar tal evento. Na disputa para acolher o monumento estavam o Corcovado, o Pão de Açúcar, e o Morro de Santo Antônio. O Corcovado vence a disputa, pois oferece as melhores condições.

sábado, 17 de julho de 2010

A lição do Carvalho



A LIÇÃO DO CARVALHO

Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores.
Quando a primavera chegava, o adornava de folhas novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada.
Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiúra.
A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade.
E um enorme vazio tomou conta dela.
Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou: Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil.
Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente.
Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho.
Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes.
Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima.
Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa.
Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados.
Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca.
O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que a árvore se sentisse feliz.
Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente. Aceitou a neve que a envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas.
Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.
 Ninguém há que nada possua para dar. Ninguém existe que não possa fazer algo a benefício do seu irmão. Um sorriso, uma prece, um gesto, um abraço, um agasalho, um pão.
Há tanto que se fazer na Terra. Existem tantos aguardando a cota do nosso gesto de ternura. Ninguém inútil ou desprezível. Cabe-nos redescobrir a riqueza que em nós existe e distribuí-la a quem dela necessite ou espere. 
*   *   *
Se nos sentirmos solitários, em meio às dificuldades, aprendamos a estender sorrisos nos caminhos por onde passarmos.
Antes de nos amargurarmos e cobrar gestos de carinho de amigos e parentes, antecipemo-nos e doemos a nossa cota de amor, ainda hoje, permitindo-nos usufruir a alegria de dar e  dar-se.

Baseado no texto A árvore solitária, de O livro das virtudes

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Você é contra ou é favorável às palmadas como forma de educar?



Eu nasci em 1977, alguns aninhos atrás e naquele tempo criança apanhava muito. Lembro de apanhar da minha mãe com umas varinhas de goiabeiras beem fininhas, que sibilavam no ar antes de atingirem a bunda e as pernas. Apanhava de chinelo, de cinta. com a corda do balde que tirávamos água do poço amazonas.

Se fiquei traumatizada? Acho que não muito. Se ficava revoltada? Sim, ficava. Acredito que serviu sim de lição pra mim e para meus outros 5 irmãos, quando me tornei adolescente entendi e fui aprendendo o que era certo e errado e nao apanhei mais. Mas até hoje ela fala: "se tu merecer tu ainda apanha", lógico que escapei por várias vezes.Uffa!!

Tinham as surras de nem deixar marcas. E eram de correção. Apanhei uma vez por não levantar pra dá lugar pra um adulto. Apanhei por mentir, e aprendi a mentir melhor; apanhei por responder com grosseria, quando pequenina meu pai encostou a lamparina em minhas pernas para eu levantar do chão, de pirraça eu caia dentro do formigueiro e não levantava só pra eu ir no colo de minha casa pra da minha avó.
Depois fui crescendo e amadurecendo. Só então compreendi a correção e a aceitei.
Meu avô dizia: " Quem come do meu pirão, prova do meu cinturão" rsrs
Outra vez minha avó correu atras de mim, coitada... com um cinto, sem querer ela bateu com o lado da fivela, até hoje lembro: foi a  pobrezinha quem chorou com dó de mim.

Hoje tenho dois filhos Yuri de 16 anos e Beatriz de 10 anos, levaram algumas palmadinhas, nada de doer, pois batia com a mão, e quando a mão doía eu parava.
Até o pai é contra, não bate, quando queremos repreendê-los nós os castigamos, coisa tipo: ficar sem TV, sem mesada e outros.

Sei que há sim a necessidade de correção pois senão a criança cresce sem controle, e ser humano desgovernado é arma perigosa.

Vejo muitos pais lidar com os filhos. Eles batem, sim, e isso me dói muito. Eles dizem que só quem tem filhos para criar sabe como é impossível não recorrer aos tapas. Discordo mas fico sem argumentos pois os filhos não são meus…

Ainda assim fico triste demais quando sei que crianças apanharam. E o pior é gente que usa a bíblia para justificar tamanha malvadeza.

As mães e os pais, até podem achar que estão batendo nos filhos para “corrigir” mas o fato é que estão descarregando o cansaço, a raiva e a frustração.E isso é muito perigoso.
Pior ainda quando não são nem os pais, como temos visto na TV, crianças sendo agredidas por outras pessoas.


A nossa percepção sobre os sentimentos, a preocupação com a educação das crianças também evoluiu.
As opiniões de avós, pais, parentes e amigos em faixas etárias mais avançadas não devem ser desconsideradas, mas devem passar por nossa peneira antes de as tomarmos como verdade. Os parâmetros mudam. E isso sem desrespeito e não  precisamos entrar em conflito com a geração que nos criou.


Será que a educação que temos dado a nossos filhos é melhor do que a dada por nossos pais?
E nossos filhos, serão melhores pais que nós? Suponho que sim.


Criança precisa de amor e carinho. Precisa de correção? 
Sim!  Mas de outra forma.

domingo, 4 de julho de 2010

Amor verdadeiro

 Um senhor de idade chegou a um consultório médico, para fazer um curativo em sua mão onde havia um profundo corte.
E muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.
O médico que o atendia, curioso perguntou o que tinha de tão urgente para fazer.
O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de alzheimer muito avançado.
O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:
- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
No que o senhor respondeu:
-Não, ela já não sabe quem eu sou. Faz cinco anos que não me reconhece mais.
O médico então questionou:
- Mas então para que tanta pressa, e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais??
O velhinho então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu:
-Ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é!
O médico teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava...
É esse o tipo de amor que quero para minha vida.

O verdadeiro amor, não se resume ao físico, nem ao romântico.
O verdadeiro amor, é aceitação de tudo que o outro é...
de tudo que foi um dia...
do que será amanhã..
e do que já não é mais!!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ilha do Amor - Ferreira Gomes-AP


Acordamos bem cedo. Uma pequena viagem de balsa nos aguarda. Umas pedras enormes avistávamos ao longe. Em cinco minutos chegamos ao outro lado. desembarcamos e logo nos deparamos com vários animais, tanto silvestres quanto domésticos: patos, papagaios, macacos, coelhos, galinha. Chegando logo percebi que o passeio  não era só um passeio, em minha mente vieram recordações de minha infância. Morei no interior e aquilo ali era como se fosse o quintal de casa que era imenso com direito a rio e tudo mais.

Incrível mesmo era a amizade entre o macaco e um pato, confira na foto:

Passei a maior parte do tempo fotografando os animais. Bia ralhava comigo pois estava incomodando. Carlos e Beatriz foram pescar, pegaram 5 peixinhos, pedimos para preparar e comeram,  eu não comi, tenho pavor de espinhas pequenas... até parece que não sou filha de pescador, rsrs, além de tudo, faz algumas lembranças voltarem de lugares profundos da memória e der repente você chega ao ponto onde pára pra pensar em quantos sonhos deixamos abandonados em nossa caminhada e quantos ainda ainda virão.

Acreditem, Ana Beatriz comendo o peixe que pescou, ela pegou três e o pai dois.
Não, mais boba logo!!
Fiquei impressionada pois eu na idade dela chorava pra não comer peixe, ainda mais, se tivesse espinhas. 


O lugar é lindo! Uma ilha frequentada por várias classes sociais. Ali você encontra pessoas que vão tomar somente banho e apreciar a beleza natural, tem o self-service com um cardápio muito simples, (feijão, arroz, farofa e peixe) e pra quem pode pagar ,é preparado um Tucunaré na brasa. Têm os que levam sua própria bebida, os que bebem e jogam as latinhas no rio. Caminhando em direção ao banho encontro um pedaço de copo, juntei e voltei pra colocar no lixo, quando volto, um pedaço de garrafa. Aff !! É incrível como ainda existem  pessoas assim.
Enquanto almoçava, em baixo das árvores  e ao lado de um pé de bambu, um papagaio começou a pedir, estava com medo que ele voasse em meu prato, mas eu o ignorava, de repente coloquei um pedaço de peixe na cadeira e fiquei esperando que ele voasse até lá. Quem disse? Ele desceu de galho em galho e ficou em baixo da cadeira...então lembrei: cortaram as asas do pobre!! Coloquei no chão, foi quando ele comeu e subiu novamente de galho em galho com suas pernas curtas. 
Haviam vários macacos, dois tinham os nomes de Chico e Chicória. Pense!!! Me perturbaram pra caramba, entrelaçaram-se entre minhas pernas e ficaram brincando com minha canga. Aff! Confesso que estava com medo. Já tinha brincado com o bicho preguiça quando criança, macaco só de longe ou morto na panela.

Foi a primeira vez que fomos ali, é muito bonito, tem vários Chalés pra alugar, é bem simples, dá pra passar uma  noite. Com os nomes de boto, Tucunaré, e outros peixes... é uma graça!
A falta de consciência das pessoas é que leva a nossa fauna, flora e rios a entrar em decadência.
O turismo na região é pouco explorado, deixando de movimentar emprego, e gerar renda para a população.

 É hora de voltar.Que pena!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Deixa a vida te levar


A vida nos ensina muitas coisas durante toda sua caminhada. Muitas vezes ela permite situações constrangedoras e difíceis, mas quão sábio é aquele que sabe tirar destas situações, preciosas lições.
O problema aparece quando só se enxerga o lado negativo e, focando somente nele, perdemos a oportunidade de crescimento...Nos tornando pessoas medrosas, pouco espontâneas e manipuladoras... dos próprios sentimentos.E sem perceber parecemos como uma máquina...
Calculistas, individualistas,
Perdendo o melhor do ser humano que é a espontaneidade, a supresa, a intensidade, o bumbo no peito...

Muitos dizem: "Não quero compromisso com ninguém".
Ué...Então por que tá vivo? Experimente viver numa bolha.
Talvez por ter criado em sua consciência uma espécie de paradigma sobre "compromissos" através de relacionamentos anteriores. Compromisso nunca foi e nem é sinônimo de perder a liberdade, espontaneidade ou viver na rédia curta. Não é perder a individualidade, o querer próprio, as amizades...
Por que pensar assim?
Ninguém é igual a ninguém e ninguém irá te tratar da mesma forma que outro alguém, somos seres únicos e nos encaixamos com pessoas compatíveis sim, mas talvez muito mais incompatíveis...Essa é a graça de tudo.
Um compromisso não está numa declaração de estado civil, seja tal: casado, namorando, viúvo, separado, enrolado... O compromisso está no coração, nos ideais, na cumplicidade, no respeito, na afinidade, nas diferenças, na delícia de viver também uma idéia diferente.
O compromisso não se suplementa, ele se complementa.
O compromisso não necessita de ciúme anormal, ele se compromete a confiar.
Existem casados sem comprometimento nenhum, namorados descompromissados e os chamados 'ficantes' totalmente comprometidos...Comprometidos com o bem estar, com o respeito, com a exclusividade...
O que é um status, é apenas um status...
O que é um compromisso, é todo compromisso.

Não se deve ter medo de gostar, de amar, de se envolver...O que é a vida sem isso?
Medo de sofrer?
O medo não te priva do fracasso ou sofrimento, te priva da vida.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Paquerar é muito bom

 Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10.

A fila anda, a coleção de figurinhas cresce, a conta de telefone é sempre altíssima.
Mas e aí? O que isso te acrescenta?
Nessas horas sempre surge aquela tradicional pergunta: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida?
Se o tal amor é impontual e imprevisível que se dane!
Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser!

Tem gente que diz que não é...
'Eu não sou ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer.'
Mentira!

Por dentro todos nós somos iguais: impaciente, sonhador, iludiiido... Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade!
Pode dar o nome que quiser: amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo. Pode soar brega, cafona, mas é a realidade. Inclusive o assunto 'amor' é sempre cafonérrimo.
Acredito que o status de cafona surgiu porque a  maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor. Poucas pessoas experimentaram a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto... Não lembro se foi o 'Wando' ou se foi o 'Reginaldo Rossi' que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo 'Amor I love you' e que se o Caetano não tivesse dito 'Tô me sentindo muito sozinho..' eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o público gosta e vibra com o 'brega'.  Por mais que você não admita: - Você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em 'Titanic' e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em 'Uma Linda Mulher'; - Existe pelo menos uma música sertaneja ou um 'pagodinho' que te deixe com dor de cotovelo; - quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja;
 Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você está apaixonada no espelho embaçado do banheiro, ou num pedacinho de papel
 Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de cabeça numa 'relação' sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia uma louca.
 Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal 'E foram felizes para sempre' e adora quando passa na TV aqueles comerciais de margarina, a lá Doriana, no maior 'super família feliz' durante o intervalo das novelas...

Bem , preciso continuar? Ok, acho que não...
Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e  se não passou, não sabe o quanto está perdendo....

O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda chance, então num perde tempo, queridos...
Paquerar é muito bom!! 
Aproveita! Nós envelhecemos, o tempo passa e não volta mais.

sábado, 19 de junho de 2010

Coisas da vida


Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo,
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de não sentir minhas mãos.
Já fiz xixi na calcinha por ter tanto medo, rsrsrs
Já expulsei pessoas que amava da minha vida, e nao me arrependi por isso
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amavam...
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois...
Já falei a verdade e também me arrependi....
Já fingi não dar importância as pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de risos quando não podia.

Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando devia calar.
Já calei quando devia gritar...

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz...ki horror...vc não iria kerer me ver contando piadas. sou muito sem graça...rsrs
Já inventei histórias de final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já caí inúmeras vezes, achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes, achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mãe no meio da noite, fugindo de um pesadelo.

Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda...e como chorei...parecia que era real...e ela nao estava ali para me amparar,
Já chamei pessoas próximas de "amigo", e descobri que não eram,
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade.
Não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? Eu adoro voar!


(Clarice Lispector)  e editado por mim